Resgatamos para você uma matéria publicada em 2008, na revista "Dinheiro Rural" sobre o Dr Gabriel Andrade e a Fazenda Calciolândia.
Vale a pena ler (CLIQUE PARA AMPLIAR):
Quanto a isso, é preciso que as autoridades tenham consciência de que é preciso investir os recursos em novas alternativas de renda para a população. É preciso pensar avante, precisamos enxergar longe e trabalhar em prol das gerações futuras.
Estes recursos devem ser gastos em preservação ambiental, conservação e preservação da memória e do patrimônio histórico da cidade, etc.
O que precisamos é valorizar o que é nosso. O passado e o presente sendo valorizados de forma eficaz. Nossa memória é muito curta e as gerações precisam conhecer o passado para valorizar o futuro.
Quanto aos investimentos, Arcos se sente como uma criança
Várias fábricas de cal estão se modernizando e outras ampliando. Tudo isto, tem aumentado o nível de emprego e trás desenvolvimento para a cidade.
Os frutos deste desenvolvimento trarão bons frutos e também alguns problemas para o município. Isto deve ser pensado de forma pró-ativa e as soluções devem estar previstas num grande projeto de modernização.
Algumas pessoas contam que a chegada dos trabalhadores aqueceu a economia e o comércio da cidade. Movimentou pensões e mudou a rotina das pessoas.
Imaginem, uma cidade pequena e ainda jovem, no século passado, de repente recebe visitantes ilustres, de outros países, os franceses, como eram chamados os técnicos e engenheiros que vieram comandar a construção da fábrica de cimento.
A construção da Lafarge, em Arcos, teve início em meados de 1959. O projeto foi idealizado por um Coronel da Cidade de Divinópolis, Jovelino Rabelo. Ele já havia iniciado a construção da Laminação Pains, hoje Gerdau, em Divinópolis. Coronel Jovelino projetou e deu início à fundação da fábrica de cimento aqui em Arcos. Logo no início da execução, o projeto foi assumido por um grupo Francês chamado Lafarge que já estava em fase de término de sua fábrica em Matozinhos, na região metropolitana de Belo Horizonte.
A chegada dos operários mudou a rotina dos Arcoenses, houve um aumento drástico da demanda de serviços. Os operários precisavam de ter suas roupas lavadas, por exemplo. Para isto, várias senhoras começaram a prestar serviços de lavadeira e tiveram nova fonte de renda. Os hotéis e as pensões não estavam preparados para absorver todos os trabalhadores, por isso, os Hospital de Arcos, que na época, estava em fase de construção, sem acabamento, foi adaptado para abrigar parte dos operários.
Contam os mais antigos funcionários da fábrica, que participaram de sua construção, que os equipamentos e os métodos de trabalho eram bem diferentes de hoje. Segundo eles, o emprego de tração animal era muito usado durante a construção. Muitos animais transportavam concreto e peças dentro do canteiro de obras da fábrica.
Tive a oportunidade de conviver com alguns dos homens que participaram desta construção, e todos eles lembravam saudosos dos tempos de trabalho duro, da convivência e das amizades com aqueles homens que trouxeram uma parte do progresso para aquela jovem cidade.
A fábrica iniciou a marcha no dia 28 de junho de 1962, uma quinta-feira (véspera de feriado). E às 11 horas da manhã, do dia 01 de julho de 1962, foi produzido o primeiro clínquer (material usado na produção do cimento), na fábrica de Arcos.
Hoje, Arcos se orgulha de sua vocação industrial. O calcário é uma de nossas principais fontes de arrecadação fiscal. Muito devemos àqueles que acreditaram na transformação da pedra bruta em riqueza e do calcário em desenvolvimento.
Hoje nossas indústrias empregam milhares de operários e movimentam a economia da região. Saem de nossas minas milhões de toneladas de calcário, transformados em todos os tipos de produtos. Fabricamos aqui, cimento, cal, pó calcário, adubos, carbonato de cálcio e vários sub-produtos. Nosso calcário se transforma e transforma a cidade em uma das mais promissoras cidades da região.
Jaime Pedrosa
Estão votando na Câmara Federal de Deputados um projeto que pretende aumentar o número de vereadores nas cidades. Este projeto aumenta em mais de 7 mil o número de vagas para vereadores em todo país. O projeto ainda deve ser votado pelo plenário da câmara e segundo os deputados não deve aumentar o repasse de verbas ao legislativo. Aqui em Arcos ainda não se sabe se o número de vereadores vai passar de 9 para 13 vereadores. Assim, seriam beneficiados os candidatos: Ronan Fernandes, Geraldo Moura, Dalvo Macedo e Gabriel Macedo, que seriam incorporados ao cargo de vereador
Temos informações de que a prefeitura de Arcos repassa mais de 100 mil reais por mês ao legislativo para suas despesas, aproximadamente 1 milhão e setecentos mil reais por ano. Segundo o projeto este valor continua o mesmo, pois está regulamentado por lei.
O que acontece é que com a diminuição do número de vereadores esta verba tem sobrado e deveria ser devolvida aos cofres do município, mas eu pergunto alguém sabe dizer para onde vai este dinheiro?
Na existe nada que mostre para a população onde estas verbas são aplicadas. Não tem nenhuma divulgação através da imprensa de quanto é a sobra e onde o prefeito gastou esta devolução. A impressão que temos é que o contribuinte não tem nada com isso, nossos nobres vereadores não nos devem satisfação alguma.
Por isso, o grande clamor do povo é de repúdio à classe política, quando tomamos conhecimento de mais um fato envolvendo um parlamentar, um vereador ou um prefeito, aumenta nossa revolta.
Somos ao mesmo tempo traídos pelos nossos representantes e traidores da democracia porque temos nas mãos o instrumento do voto e o trocamos por favores pessoais ou pela cara simpática do candidato. Somos hipócritas porque criticamos sem saber o que eles fazem enquanto se apossam de seus gordos salários acrescidos de generosas diárias. E não acompanhamos a trajetória de quem elegemos e mais uma vez, na próxima eleição ele volta, promete o impossível e leva nosso voto. Mais uma vez começa tudo de novo.
Jaime Pedrosa - Editor